O Banco Central (BC) anunciou a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual, que agora opera em 13,25%. A medida colocou fim à fase de aperto iniciada em março de 2021. Desde agosto do ano passado, a taxa básica de juros era de 13,75% ao ano. A expectativa agora é quanto ao ciclo de flexibilização da Selic que deve ser implementado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
De acordo com análise divuulgada pela FAESP, assim como todo o mercado, o agronegócio, setor que desempenha papel expressivo na economia nacional, espera que os reajustes da nova política monetária ocorram rapidamente, considerando que a evolução dos aspectos econômicos e inflacionários no Brasil e no mundo, nos últimos meses, dão respaldo a um cenário menos restritivo.
“A curto prazo, o impacto da queda de 0,5 ponto percentual da Selic para o agronegócio será muito modesto, já que a medida não terá resultado prático no custo do crédito. O que fica de positivo é a sinalização do Copom para uma política de novos cortes na taxa básica de juros. Os dados de inflação mostram alívio, e a expectativa é de que continuem em queda, o que vai estimular os investimentos e o crescimento da economia nacional, na qual o agronegócio é protagonista”, avalia Tirso Meirelles, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP).
Ainda de acordo com Meirelles, como o Banco Central demorou para iniciar os cortes, mantendo a Selic em patamar elevado de 13,75%, a inflação pode vir abaixo da meta nos próximos meses, o que pode abrir espaço para um ciclo mais rápido e profundo do que o sinalizado atualmente. Além disso, a evolução de uma política fiscal mais sóbria para o País, a partir do arcabouço fiscal que ainda precisa ser implementado, é outro ponto que ditará o ritmo da decisão do Banco Central.
Fonte: AgroLink